Uma adolescente britânica foi
encontrada enforcada na própria casa depois de alegadamente sofrer meses de
bullying através da rede social Ask.fm. O suicídio de Hannah Smith, de 14 anos,
levou o pai da jovem a fazer apelos no Facebook para que o site adote medidas
de segurança. O Ask.fm já foi relacionado pelo menos a quatro mortes de
adolescentes.
A adolescente tinha entrado no
site para encontrar ajuda e respostas para dúvidas relacionadas ao seu
tratamento de eczema, um tipo de inflamação da pele, mas acabou por receber uma
série de mensagens anônimas e repugnantes, conforme explica o jornal britânico
Mirror.
Depois de ver as mensagens de
bullying e a incitar o suicídio na página da sua filha no site, Dave Smith, pai
de Hannah, criou uma página no Facebook em memória da sua filha e pediu que as
pessoas assinassem um abaixo assinado para introduzir medidas de segurança mais
rígidas em sites utilizados por menores.»
Porto Canal
O pai de Hannah Smith, uma garota de 14 anos que se matou na semana passada na Inglaterra, disse que a causa do suicídio foram sucessivos insultos feitos por pessoas por meio da rede social de perguntas Ask.fm.
As mensagens, cuja autoria é mantida em anonimato por padrão, diziam para a garota se matar.
A empresa que controla o site disse que ajudará as autoridades na investigação do caso.
Em seu perfil no Facebook, segundo a BBC, o Dave escreveu: "Acabei de ver a agressão feita a minha filha por pessoas no ask fm e o fato de essas pessoas serem anónimas é errado".
"Perdemos Hannah da pior maneira possível."
Hannah foi encontrada enforcada na sexta-feira passada (2 de agosto de 2013).
Posteriormente, foi criada uma página no Facebook em homenagem à jovem, algumas pessoas continuavam a menosprezá-la. "É covardia", escreveu um. "Uma maluca feia a menos no planeta", disse outro.
Algumas pessoas organizaram-se para boicotar a rede social. "Desabilite seu Ask.fm. Você também pode ser vítima de ofensas um dia. Precisamos reduzir o número de adolescentes que cometem suicídio. RIP Hannah", escreveu a usuária Sophie Muscat noTwitter.
Criado na Letônia, o site Ask.fm permite que usuários criem perfis públicos em que qualquer pessoa pode escrever --preferencialmente perguntas--, identificando-se ou não. Há uma opção "curtir" semelhante à do Facebook e ferramenta para seguir páginas.
Segundo o ranking Alexa, o site é o 139º mais visitado no mundo.
Quantos mais adolescentes vão se matar por causa do abuso on-line antes que algo seja feito? Essas pessoas doentes podem esconder-se por trás de uma máscara de anonimato enquanto agridem vulneráveis adolescentes.
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo - Brasil
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