Antes de tudo
acontecer nunca pensei no que realmente seria bullying. Quando alguém falava
nisso apenas imaginava um grupo de adolescentes maus a baterem e ameaçarem
alguém indefeso. Mas estava enganada.
Bullying não é só quando alguém age agressivamente
fisicamente! É também quando alguém massacra psicologicamente! E eu que o diga.
Quando eu pensava que nada nem
ninguém me podia atingir, alguém provou o contrário. Continuo a pensar que tal
aconteceu apenas porque me apanharam num momento em que me sentia mais frágil,
porque eu sei que sou forte e que consigo ultrapassar todas as barreiras que
aparecem à minha frente. E este episódio não foi como uma barreira, mas sim
como um muro!
Tudo aconteceu quando eu fui eleita
delegada de turma. Ao princípio era tudo perfeito, mas o tempo foi passando, e
há coisas que iludem, e senti que cada vez mais era julgada pelo trabalho que
realizava. Não me davam o devido valor que na altura merecia e eu acreditava
que não valia nada.
Depois
comecei a ouvir bocas, como se eu valesse zero, como se fosse um germe de quem
todos tinham nojo e que não pertencia a lado nenhum. Todas as noites chorava
até adormecer. Só pensava que se ninguém gostava de mim, porque haveria eu de
me esforçar mais? Era esgotante lutar por algo que não valia a pena.
Comecei a perder a vontade de
continuar, as paredes que antes tinha construído para aguentar, estavam a ruir.
Já nada valia mais a pena. Então comecei a afastar-me daqueles que mais me
amavam, mesmo eu pensando que não. Comecei a arruinar-me e a deixar de ser eu
mesma. Até que um dia fui confrontada e tive que admitir o que se passava, por
entre lágrimas.
A partir daí, senti que tudo
melhorou. Voltou tudo ao normal. Percebi que aqueles que gostavam
verdadeiramente de mim nunca saíram do meu lado, eu é que estava a ser
demasiado autodestrutiva para perceber isso. Ganhei forças do lado daqueles que
mais amo, consegui ultrapassar o tal muro.
Mais
tarde também acabei por descobrir que não sou pessoa de guardar rancor.
Consegui perdoar aqueles que me fizeram mal, consegui seguir em frente, porque
eu sou esse tipo de pessoa, é desse tamanho que o meu coração é. E sinto-me
bastante orgulhosa por isso.
E a cada dia que
passa estou mais forte e mais feliz, porque cresci, não só por fora, mas também
por dentro!
J.R. - 15 anos.
1 comentário:
Eu revi-me em algumas das coisas deste post e vou publica-las no meu blog. espero que não se importem.
Também alterei algumas.
Se não o quiserem eu poderei eliminar o post mas agradecia que não se importassem.
Obrigada
o meu blog é marciasilence.blogspot.pt
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